Entre Mate e Palavras

No rancho do tempo me encontro,
sem pressa, sem multidão,
só eu, meu livro e o mate,
no peito, paz de galpão.

O cachimbo solta fumaça,
que dança como ilusão,
enquanto as letras me levam
por caminhos da imaginação.

Silêncio que não pesa, consola,
feito poncho em noite de frio,
e a solidão, companheira,
me fala com tom macio.

Entre um gole e outro respiro,
a vida vai se aquietando...
E é ali, no simples instante,
que o mundo vai se ajeitando.